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É possível escrever de forma criativa na era do SEO?

Posted on: Março 8th, 2018 by admin No Comments

Os algoritmos da Google em permanente renovação analisam mais de cem fatores para decidir se a web da sua empresa ou o seu blog são úteis para o utilizador. E na sequência desta análise ordenam os resultados do motor de busca. Significa isto que os robôs vencem a qualidade, a criatividade, tudo aquilo que nos define como humanos?
Para que a alma possa dialogar com a máquina existe o denominado posicionamento SEO. Estar de bem com o SEO ajuda a cumprir os requisitos exigidos pelo atual rei da internet. Requisitos que podem estar relacionados com a web (domínio próprio, tráfego), a forma de apresentar o conteúdo (links, palavras em bold, incluir vídeos e fotos originais, extensão do texto, utilização de títulos, subtítulos e cabeçalhos, etc.), a arquitetura interna da web (escrever etiquetas Alt nas fotos, incluir meta discrições, alterar o enunciado do link…), como com o conteúdo em si mesmo.
São os programas da Google capazes de ler os artigos? Em certa medida, sim. Pelo menos os títulos e a parte mais importante do SEO: as palavras-chave, um dos aspetos mais trabalhados há uns anos atrás. Trabalhou-se tanto este aspeto que existem várias ferramentas capazes de recolher as keywords mais utilizadas e, inclusive, os títulos mais bem conseguidos. As tão utilizadas enumerações ou listas continuam a ser as rainhas dos conteúdos. Também as perguntas sobre problemas práticos, médicos ou mesmo sentimentais.
“Não posso dizer que me quer” ou “O meu companheiro ressona” ou “Os meus filhos jogam muito videojogos” são algumas das pesquisas mais frequentes dos suecos no Google. Deste modo, quando o Ikea lançou em 2016 uma campanha com o propósito de oferecer aos clientes o que eles realmente querem, utilizou este dado na redação do SEO do website da empresa. Renomeou temporariamente os produtos do website de tal forma que quando um utilizador fazia uma destas pesquisas lhe aparecia um banco, uma estante ou um sofá.
Truques à parte, as tendências na redação SEO têm evoluído de forma paralela aos algoritmos da Google, que têm atribuído mais importância ao fator humano. A confiança e a popularidade do domínio e a valorização das pessoas que o partilham é agora o critério mais valorizado pela Google na era da batalha contras as fake news e a cópia de conteúdos. A melhor forma para obter uma boa classificação no motor de busca é preparar conteúdos de qualidade, convincentes e que os utilizadores queiram mencionar ou partilhar.
Como conseguir conteúdo que os utilizadores queiram partilhar? Sendo original. Não escrevendo sobre o assunto que milhares de pessoas já publicaram antes, mas antes criando conceitos novos. Estamos no momento da seotividade. Mas a criatividade tem de estar unida a uma redação de qualidade, correta e chamativa, que mantenha o leitor diante do ecrã durante vários minutos. E não um leitor qualquer. É importante pensar sempre no leitor interessado no tema que estamos a desenvolver. Não há leitor mais motivado do que aquele que faz uma pesquisa no Google. O nosso conselho é escrever primeiro e acrescentar os critérios SEO depois.
Marieke van de Rakt, Project Manager do Yoast, empresa que desenvolve plugins para otimizar o WordPress, explica o assunto desta forma: “O tempo em que era suficiente alguns truques de SEO, para que um sítio web conseguisse um bom posicionamento no Google, terminou. Hoje em dia, o conteúdo de qualidade é o rei. E um conteúdo de qualidade também consegue mais likes no Facebook, menções no Twitter e visitantes na web. Mas, claro, podem-se utilizar várias técnicas para maximizar o SEO de um artigo. Mas o mais importante é escrever um post muito, muito bom!”

Conselhos do Yoast
– Não utilize as keywords de forma excessivamente frequente ou prejudicará a legibilidade do texto.
– Selecione a mensagem central que quer transmitir aos seus leitores ou clientes e não se desvie disso.
– Escreva o post com uma estrutura clara: uma introdução, um corpo central onde inclua a mensagem principal e uma conclusão que resuma as ideias ou contribua para ampliar o entendimento do assunto apresentado.
– Dedique um parágrafo a uma única ideia.
– Utilize subtítulos, ajudam na leitura e também pontuam para o SEO. Inclua as keywords nesses subtítulos.
– Não escreva menos de 300 palavras. A extensão aconselhável é de 700.
– Se publicou anteriormente um post sobre o mesmo assunto, insira um link para esse artigo.

Conteúdos que pontuam
– Incluir vídeos
– Destacar palavras em bold.
– Fazer linkbait: inserir links para conteúdos interessantes que ampliem a informação.

Long tail
No uso das keywords existem dois conselhos simples, mais úteis do que a regra de utilizar determinado número de vezes a palavra-chave no texto. Utilizar sinónimos e long tail keywords. Este segundo conceito é fácil de compreender. Em lugar de escolher a palavra “férias” como palavra-chave, pois seria muito complicado alcançar os primeiros postos nos motores de busca ante tanta concorrência, o mais útil é delimitar a pesquisa juntando mais palavras e discrições. “Férias com crianças no caribe” seria um exemplo disso mesmo. Embora o mais importante continue a ser integrar as palavras-chave de forma natural no texto, sem que o leitor se canse com a repetição.

Foto: Green Chameleon

O SEO ainda é importante

Posted on: Março 8th, 2018 by José António Alves No Comments

Para além do Google e do Bing, o SEO chegará este ano a outros motores de busca. Embora o Google ainda domine a esfera dos motores de busca, as empresas competem também pelo ranking em outras páginas como Yelp ou Amazon.
Em 2018, as tendências SEO que vão alterar a atual otimização dos motores de busca serão:

O posicionamento chega aos assistentes de voz
2018 será o ano da consolidação das pesquisas através da voz? O lançamento das colunas Amazon Echo e Google Home faz com que alguns dos grandes players do mundo digital assim o prevejam. Até 2020, prevê-se que 50% de todas as pesquisas seja feita através da voz.
Os desafios que se colocam aos assistentes Sire da Apple, Alexa da Amazon, Bixby da Samsung e Cortana da Microsoft são desenvolver a inteligências artificial e o machine learning para que as respostas sejam cada vez mais adequadas às perguntas que os utilizadores fazem e não tanto aos algoritmos que esses assistentes usam. Os resultados das pesquisas vão basear-se cada vez mais na forma das palavras-chave long tail ou frases conversacionais, o que supõe para as marcas a necessidade de criar estratégias de otimização mais precisas e de posicionamento com o fim de aproveitar a vantagem competitiva de conhecer melhor o comportamento do consumidor.
Contudo, o posicionamento orgânico pode ter um final próximo. A Google já está a estudar os anúncios pagos para o seu serviço de compras por voz.

Crescem as pesquisas de vídeos e imagens
A generalização da Internet de alta velocidade tem estimulado a procura de conteúdo visual por parte do público. Estas expectativas sugerem que os motores de busca vão melhorar na pesquisa deste tipo de conteúdos e que, inclusive, as pesquisas de imagens e de vídeos vão passar a estar na linha da frente.

Primazia do telemóvel
A medida da Google de continuar a favorecer o Mobile-First Indexing vai privilegiar nos rankings orgânicos o sítios que utilizem AMP (Páginas móveis aceleradas) para melhorar a experiência do utilizador de smarthpones. Estas páginas carregam-se em média quatro vezes mais rápidas, o que melhora a experiência do utilizador e a interação com o website. Até ao momento apenas 900.000 páginas web implementaram o marco AMP.

Não esquecer o link building
A velha estratégia de assegurar links de entrada de alta velocidade para favorecer a autoridade do domínio é mais importante do que nunca, quando vai começar a batalha pela posição 0 nos resultados dos assistentes de voz.

Segmentação pela proximidade
O uso consciente dos telemóveis leva a prever o crescimento dos resultados hiper-locais. As empresas com negócios locais deverão insistir nas palavras-chave deste tipo para otimizar as posições localmente relevantes.

Foto: Arthur Osipyan