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Spector, o detetive de tipografias

Posted on: Março 8th, 2018 by admin No Comments

A convivência entre o mundo digital e o mundo impresso nem sempre é fácil. Quem nunca viu uma cor ou um tipo de letra de que gostou ao folhear uma revista ou ao passear pela rua? Mas como descobrir qual é o pantone dessa cor ou o nome desse tipo de letra? Graças à Fiona O’Leary, brevemente, pode ser mais fácil responder a esta pergunta. Ainda em fase de experiências, o Spector é um dispositivo portátil que se coloca sobre uma fonte ou cor e, imediatamente, passa a informação para o texto ou para o desenho em que se está a trabalhar. Também se pode guardar a informação para usar mais tarde.

Foto: Alice Donovan Rouse

Há um desenhador dentro de si

Posted on: Março 8th, 2018 by admin No Comments

Nem todos nós somos artistas, mas podemos ser desenhadores. Hoje é muito fácil criar os espaços reais onde vivemos com a ajuda da simulação virtual nos nossos computadores, telefones ou tablets. Graças a ferramentas digitais, como apps ou templates pré-desenhados, é possível desenhar conteúdos audiovisuais profissionais para o trabalho ou para o lazer. No design de interiores, com plataformas tecnológicas como o projeto Shine da cadeia Eurostars, é já muito fácil personalizar o espaço de acordo com o gosto do hóspede do quarto de hotel. Outro exemplo são os planificadores de desenho de cozinha, sofás, armários ou escritórios do Ikea.
À personalização junta-se a vantagem da poupança de custos. Com estas ferramentas, já não é necessário contratar um desenhador gráfico ou um editor de vídeo. Geralmente sob a fórmula freemium (uso grátis da ferramenta e pagamento de uma mensalidade para obter serviços Premium) muitas empresas oferecem na internet opções profissionais e simples de usar para criar conteúdos para um blog, um website da empresa ou fazer apresentações. Tanto através de templates em branco, que completamos com dados e imagens próprias, como através de templates simples preparados para se ter apenas de adaptar o texto, as fotos e as cores. Em alguns minutos é possível obter publicações únicas e distintas. Se o conteúdo é o rei, dispor de um alfaiate para esse conteúdo já não custa um reino.

Foto: Glenn Carstens-Peters

É possível escrever de forma criativa na era do SEO?

Posted on: Março 8th, 2018 by admin No Comments

Os algoritmos da Google em permanente renovação analisam mais de cem fatores para decidir se a web da sua empresa ou o seu blog são úteis para o utilizador. E na sequência desta análise ordenam os resultados do motor de busca. Significa isto que os robôs vencem a qualidade, a criatividade, tudo aquilo que nos define como humanos?
Para que a alma possa dialogar com a máquina existe o denominado posicionamento SEO. Estar de bem com o SEO ajuda a cumprir os requisitos exigidos pelo atual rei da internet. Requisitos que podem estar relacionados com a web (domínio próprio, tráfego), a forma de apresentar o conteúdo (links, palavras em bold, incluir vídeos e fotos originais, extensão do texto, utilização de títulos, subtítulos e cabeçalhos, etc.), a arquitetura interna da web (escrever etiquetas Alt nas fotos, incluir meta discrições, alterar o enunciado do link…), como com o conteúdo em si mesmo.
São os programas da Google capazes de ler os artigos? Em certa medida, sim. Pelo menos os títulos e a parte mais importante do SEO: as palavras-chave, um dos aspetos mais trabalhados há uns anos atrás. Trabalhou-se tanto este aspeto que existem várias ferramentas capazes de recolher as keywords mais utilizadas e, inclusive, os títulos mais bem conseguidos. As tão utilizadas enumerações ou listas continuam a ser as rainhas dos conteúdos. Também as perguntas sobre problemas práticos, médicos ou mesmo sentimentais.
“Não posso dizer que me quer” ou “O meu companheiro ressona” ou “Os meus filhos jogam muito videojogos” são algumas das pesquisas mais frequentes dos suecos no Google. Deste modo, quando o Ikea lançou em 2016 uma campanha com o propósito de oferecer aos clientes o que eles realmente querem, utilizou este dado na redação do SEO do website da empresa. Renomeou temporariamente os produtos do website de tal forma que quando um utilizador fazia uma destas pesquisas lhe aparecia um banco, uma estante ou um sofá.
Truques à parte, as tendências na redação SEO têm evoluído de forma paralela aos algoritmos da Google, que têm atribuído mais importância ao fator humano. A confiança e a popularidade do domínio e a valorização das pessoas que o partilham é agora o critério mais valorizado pela Google na era da batalha contras as fake news e a cópia de conteúdos. A melhor forma para obter uma boa classificação no motor de busca é preparar conteúdos de qualidade, convincentes e que os utilizadores queiram mencionar ou partilhar.
Como conseguir conteúdo que os utilizadores queiram partilhar? Sendo original. Não escrevendo sobre o assunto que milhares de pessoas já publicaram antes, mas antes criando conceitos novos. Estamos no momento da seotividade. Mas a criatividade tem de estar unida a uma redação de qualidade, correta e chamativa, que mantenha o leitor diante do ecrã durante vários minutos. E não um leitor qualquer. É importante pensar sempre no leitor interessado no tema que estamos a desenvolver. Não há leitor mais motivado do que aquele que faz uma pesquisa no Google. O nosso conselho é escrever primeiro e acrescentar os critérios SEO depois.
Marieke van de Rakt, Project Manager do Yoast, empresa que desenvolve plugins para otimizar o WordPress, explica o assunto desta forma: “O tempo em que era suficiente alguns truques de SEO, para que um sítio web conseguisse um bom posicionamento no Google, terminou. Hoje em dia, o conteúdo de qualidade é o rei. E um conteúdo de qualidade também consegue mais likes no Facebook, menções no Twitter e visitantes na web. Mas, claro, podem-se utilizar várias técnicas para maximizar o SEO de um artigo. Mas o mais importante é escrever um post muito, muito bom!”

Conselhos do Yoast
– Não utilize as keywords de forma excessivamente frequente ou prejudicará a legibilidade do texto.
– Selecione a mensagem central que quer transmitir aos seus leitores ou clientes e não se desvie disso.
– Escreva o post com uma estrutura clara: uma introdução, um corpo central onde inclua a mensagem principal e uma conclusão que resuma as ideias ou contribua para ampliar o entendimento do assunto apresentado.
– Dedique um parágrafo a uma única ideia.
– Utilize subtítulos, ajudam na leitura e também pontuam para o SEO. Inclua as keywords nesses subtítulos.
– Não escreva menos de 300 palavras. A extensão aconselhável é de 700.
– Se publicou anteriormente um post sobre o mesmo assunto, insira um link para esse artigo.

Conteúdos que pontuam
– Incluir vídeos
– Destacar palavras em bold.
– Fazer linkbait: inserir links para conteúdos interessantes que ampliem a informação.

Long tail
No uso das keywords existem dois conselhos simples, mais úteis do que a regra de utilizar determinado número de vezes a palavra-chave no texto. Utilizar sinónimos e long tail keywords. Este segundo conceito é fácil de compreender. Em lugar de escolher a palavra “férias” como palavra-chave, pois seria muito complicado alcançar os primeiros postos nos motores de busca ante tanta concorrência, o mais útil é delimitar a pesquisa juntando mais palavras e discrições. “Férias com crianças no caribe” seria um exemplo disso mesmo. Embora o mais importante continue a ser integrar as palavras-chave de forma natural no texto, sem que o leitor se canse com a repetição.

Foto: Green Chameleon

Três elementos chave para a sua publicação digital ter êxito

Posted on: Março 8th, 2018 by admin No Comments

A usabilidade, o desenho e os temas das publicações digitais estão obrigados a redefinir-se constantemente. O progressivo aumento do uso de ecrãs pequenos e tácteis para consumir conteúdos digitais e os resultados que os estudos salientam sobre os motivos pelos quais as pessoas decidem partilhar esses conteúdos nas redes sociais obrigam a redefinir a estratégia.

47% dos clientes consomem em média entre três a cinco artigos antes de interatuar (comprar ou contactar) com uma empresa. Definir uma estratégia de marketing de conteúdos é assim imprescindível para uma empresa que comercialize serviços ou produtos. Mas se estes conteúdos se difundirem apenas no blog corporativo estão a perder-se grandes oportunidades de engagement. Relatórios, vídeos, infografias ou reportagens são alguns dos formatos mais partilhados. Situação que multiplica as possibilidades de chegar a pessoas que não conhecem a marca mas que estão interessados no setor, no produto ou no serviço.

 

Elementos de conteúdo

Os especialistas em marketing de conteúdos concordam que os conteúdos devem centrar-se naquilo que interessa aos utilizadores e não na marca ou na empresa. Estudos na área da psicologia têm concluído que quanto mais positivo é o conteúdo maior é a probabilidade de ser partilhado. O humor e as histórias positivas e inspiradoras são emocionalmente contagiantes e fazem com que as pessoas reenviem esses conteúdos para a comunidade à qual pertencem. O êxitos dos emojis sorridentes é claramente um exemplo disso.

A forma de apresentar o conteúdo é tão importante como aquilo que se conta. A generalização do consumo digital nos telemóveis, que já ultrapassaram os tablets, tem obrigado a reconsiderar o desenho e a usabilidade das páginas web, bolgs e publicações digitais. A leitura num ecrã táctil alterou o padrão de leitura  e generalizou-se o conceito de textos líquidos, que se adaptam ao canal de consumo. O utilizador não lê, passa os olhos pelo texto. Mesmo nos computadores, desliza, sobe, desce e aumenta o conteúdo de uma página. A estratégia do conteúdo deve, por conseguinte, não ter apenas em conta o desenho responsivo (que se adapta fisicamente aos diferentes formatos de ecrã), mas sobretudo incorporar técnicas de adaptative content.

Deste ponto de vista, os critérios focados no SEO deixaram de ser tão canónicos como os adeptos do Google Analytics afirmavam: a extensão não é importante; o artigo não será lido na íntegra. Porém, quanto mais comprido é o aartigo, maior é a probabilidade de chamar a atenção com algum dos seus elementos e maior é a duração da visita. Deste modo:
– Os títulos, quanto mais pequenos e chamativos melhor.
– Os títulos destacados em cada secção são úteis para captar a atenção do leitor e ajudá-lo a concentrar-se na leitura.
– As palavras em bold são usadas para destacar os conceitos mais importantes, mas podem tornar-se num ruído incómodo quando a leitura acontece num ecrã com uma dimensão reduzida. Além disso, não afetam o posicionamento.
– Cuidado também com o excesso de links para outros artigos. Cansam e não é habitual o leitor clicar neles.
– Os textos secundários são lidos como textos independentes.
– A inclusão do tempo de leitura estimada do texto geralmente não é realista. No caso de ser demorada, desanima a leitura.

Por fim, convém salientar a importância em não esquecer o branding: o logótipo, um link para o website e para as redes sociais, dados de contacto, etc. Desta forma, quando o artigo for partilhado não deixará de ficar associado à marca. Não devemos esquecer que o conteúdo tem o objetivo de atrair e fidelizar clientes. Se ainda não dispõe de um logótipo ou precisa frequentemente de desenhos personalizados, existem ferramentas muito económicas para o ajudar, como TailorBrands.

 

Elementos de usabilidade

São muitos os aspetos que se podem incluir numa publicação digital para melhorar a leitura e potencializar a difusão. Desde incluir botões para partilhar os artigos nas redes sociais a um sumário de conteúdos no famoso menu hamburguesa. Alguns dos aspetos que não se deve deixar passar são os seguintes:

Mudança de página: selecionar um elemento que saliente a mudança de página como numa publicação impressa ou incluir a possibilidade de se optar entre ver uma ou duas páginas conseguem romper com a rotina de uma leitura de cima a baixo.

Thumbnail: as miniaturas facilitam a navegação através das páginas. O melhor é fazê-lo da forma mais simples possível e utilizar as imagens que melhor se adaptem ao conteúdo.

Tempo de carregamento e visibilidade: esperar muito tempo para que todos os elementos da página se carreguem faz com que os leitores percam o interesse, sobretudo nos dispositivos móveis, pelo que se deve procurar que isto não aconteça. Além disso, devemos assegurar-nos que a página está otimizada para estes dispositivos.

 

Elementos de desenho

Um conteúdo visual vistoso é cada vez mais importante para captar a atenção do cliente ou do utilizador. Para além das fotos, existem inumeráveis recursos gráficos que se podem incluir nas publicações para as tornar mais chamativas, desde o tipo de letra a vídeos e infografias. É muito fácil incluir esses elementos nas nossas publicações graças às apps, os programas e o software disponível atualmente. Indicamos de seguida alguns recursos que talvez nunca tenha pensado incluir nas suas publicações:

Vídeo incrustado: se não dispomos de vídeos de produção própria, podemos inserir um vídeo de plataformas como Youtube usando o código que essa mesma plataforma proporciona.

Arquivos swf e gif: os swf (sigla de formato web pequeno, em inglês) e os gif são pequenas animações que dinamizam as publicações. Por exemplo, um gif de progresso pode explicar a evolução de um produto. A Giphy é a plataforma mais conhecida para procurar gifs para as nossas publicações.

Galerias de imagens ou slides: permitem incluir um grande número de imagens num único espaço navegando através de flechas. São muito úteis para mostrar diferentes produtos.

Esboços ou notas: outro recurso gráfico que funciona muito bem são os desenhos simples que imitam as notas escritas à mão. Com o programa de edição de imagens PicMonkey podemos transformar em desenhos as nossos fotos, logos ou acrescentar textos.

Gráficos: se necessitar incluir dados nas suas publicações, a forma mais chamativa é apresentá-los em forma de gráficos, infografias ou mapas. Os estudos demonstram que este recursos gráficos aumentam entre 16% e 34% a participação do leitor, além de aumentar até 100% a duração média da sessão. Há software gratuito de desenho gráfico, como Venngage, Infogram ou Powtoon. Outros programas, como Visme, permitem inclusive criar gráficos animados.

via GIPHY

Tipografia: o texto também pode ser um elemento gráfico, sozinho ou em combinação com imagens. Além dos programas de edição fotográfica, apps como PicLab permitem juntar uma capa de texto a uma foto para a personalizar.

Memes: a combinação de imagens com textos humorísticos é um dos elementos mais virais nas redes sociais. Podem ser usados para acrescentar um toque de humor a uma publicação e captar a atenção do leitor. Em revistas de comunicação interna servem para captar a atenção de empregados e clientes. São muito fáceis de fazer com o Makeameme, por exemplo.

O conteúdo visual que decida incluir nas suas publicações pode tornar-se no elemento diferenciador em relação à concorrência e, por extensão, no elemento distintivo da marca e da empresa. Criar conteúdo atrativo é cada vez mais simples.

Foto: Taras Shypka